quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Rir para não chorar ou chorar de rir ?

Essa crônica foi escrita há dois anos aproximadamente,mas hoje vi uma foto do personagem central que realmente me fez rir muito e desejei partilhar.


Rir para não chorar ou chorar?

Chorar de rir. Chegar às lágrimas às sete da manhã é privilégio de alguns poucos. Eu e minha amiga e também colega de trabalho Thaís, durante os quarenta minutos que levamos para chegar a uma cidade próxima onde damos aulas, fazemos nossa terapia.
Falamos de tudo um pouco, enquanto os pneus vão comendo a rodovia e o sol vai nos premiando com a luminosidade que destaca a paisagem. Dividimos minutos, quilômetros e sentimentos. São alegrias e frustrações. E com quem isso seria diferente?
Vez por outra lembramos de algumas situações curiosas do cotidiano de nossa profissão e hoje quase perdemos o fôlego ao lembrarmos de uma pessoinha muito simpática, muito querida pelos colegas e pelos professores, mas que é profissional quando o assunto é  criar momentos cômicos , geralmente sem intenção, que desarmam qualquer um.
Certa vez, solicitei a leitura de um livro chamado Ciganos de Bartolomeu Campos de Queirós. A lista de livros com as indicações bibliográficas, ele provavelmente perdera e então registrou em sua agenda o nome do livro e ignorou autor e editora. No afã de não perder o prazo para a realização da leitura foi à livraria e comprou o título solicitado. Quer dizer...
Ao entrar na sala um grupo de alunos me indagou:
_ Qual é mesmo o nome do livro que você pediu?
Prontamente respondi:
 _Ciganos.
            _Ué ? Mas não é Cigarros?
            A sala desabou numa gargalhada só. Eles já sabiam da confusão do colega que não entendera a própria caligrafia ao solicitar o livro para a vendedora.
            A mais recente peripécia foi nessa terça-feira. Estamos analisando contos e fiz uma leitura bastante dramática do conto Venha ver o pôr-do-sol de Lygia Fagundes Telles. No final do conto o narrador nos relata que a moça gritava e que seus gritos eram como uivos. Finda a leitura, quando começaram as considerações acerca da narrativa, o colega em questão nem gaguejou:
            _ Mas... e o lobo ??
            _Lobo?Que lobo?
            _Esse daí que você falou que estava uivando...
            Enquanto eu desfiava estas situações cômicas, eu e Thaís não conseguíamos conter as gargalhadas, entremeadas pelos comentários que Thaís costurava , fazendo-nos lembrar das caras , bocas e  gestos dessa linda figurinha. Chegamos literalmente às lágrimas e quase perdemos o fôlego de tanto rir.
            O pessoal do pedágio não deve ter entendido nada.
 “Que humor dessas aí às sete da manhã!”

4 comentários:

  1. Fantástico!!!!!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Beijos
    Paulinha

    ResponderExcluir
  2. É, Olguita, nossa profissão nos dá esses momentos, porque encontramos, mesmo, muitas figurinhas carimbadas no percurso! O que será que ele leu em "Cigarros"?

    ResponderExcluir
  3. A situação foi cômica, mas ele leu mesmo o livro Cigarros e espero que ele tenha aprendido o suficiente para não desejar fumar.
    Na época ele era muito atrapalhado,mas muito querido por todos.Havia futebol na hora do intervalo e o pessoal , inclusive do médio, criou uma torcida organizada para ele.Os maiores chegaram a partir para cima de uns meninos que quiseram brigar com ele certa vez.
    Falei com ele esses dias e pelo jeito ão mudou muito.Acho que pelo bem da humanidade devo dizer:Graças a Deus!!
    beijo

    ResponderExcluir
  4. Olga! Muito bom reler suas obras de arte. Cada releitura uma nova descoberta! Bons tempos e boas lembranças. Saudades dessas gargalhadas!
    Beijo e mais uma vez parabéns pelo trabalho!

    ResponderExcluir