quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

As águas de janeiro


Repete-se o discurso:" Todos os anos é a mesma coisa!"
Não é a mesma coisa, a história não se repete.A cada alagamento,a cada deslizamento, a cada tragédia lê-se uma nova história para uma outra família, para muitas outras famílias.
Pregamos os olhos incrédulos na tela da televisão e o cenário que se vê devastado nos assusta.
Como é possível tamanho estrago?Que força é essa que a água das chuvas possui capaz de arrastar com tamanha brutalidade?
É a força da natureza e contra ela não há argumentos!
Infelizmente o homem  precisa ver para crer e acaba pagando um preço muito alto por sua presunção.Desmata,ocupa áreas de risco, destrói e acumula lixo.
Há , sem dúvida os problemas sociais que agravam essa situação de tratamento inadequado dos recursos naturais.Como evitar?Deveríamos estar tecnicamente preparados para prever tragédias como essa que ocorreu na região serrana do Rio de Janeiro?E as inundações em Franco da Rocha?O que dizer dos alagamentos causados pelo rio Tietê na capital paulista?
As implicações do conjunto destrutivo de ações do ser humano são muitas.A pior de todas dentre elas são as vidas arrastadas pela lama,pelo poder devorador de almas das águas que rasgam a terra.
Por outro lado, comove a  solidariedade do nosso povo, sempre disposto a estender a mão amiga para aqueles que dela carece.Nos próximos dias não será surpresa o alto volume de doações realizadas país afora.Ainda bem!
.Nicolas, um bebê de seis meses,viu o mundo desabar sobre ele lá em Friburgo.Ficou soterrado durante quinze horas junto a seu pai e ao ser resgatado não apresentou um arranhão sequer nem derramou uma única lágrima.Fecho este post com um milagre, torcendo para que outros ocorram.

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