terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bem-vindo, mexicano

Durante a semana que passou, esteve em nossa casa um hóspede mexicano.Ele veio da cidade de Jalapa cuja população apresenta números próximos aos de Piracicaba.
Julián é um rapazinho tímido de 19 anos que estuda política em uma universidade pública da Cidade do México.
Mariana o conhece há muitos anos,mais de cinco posso garantir.Esse contato se deu por intermédio de um jogo online chamado Tíbia que interliga pessoas de todo o mundo.
Dia 28 lá estávamos nós no Aeroporto de Cumbica para receber o mancebo.Curiosa situação, uma vez que nem eu nem Élio fazíamos ideia do que esperar,mas certamente não aguardávamos um loiro de olhos azuis.
De repente,no meio das pessoas que desembarcavam surgiu um jovenzinho de cabelos encaracolados de aproximadamente 1,60m,calça de agasalho azul e papetes com meias.
A comunicação mais eficiente ocorreu em inglês e ocasionais diálogos brevíssimos em portunhol. Acolhemos o rapaz com nossa costumeira atenção.Fizemos o possível para que ele se sentisse em casa e com o passar dos dias sua presença se tornou natural como se ele estivera entre nós.
Viveu conosco o momento histórico da posse de Dilma,conheceu muitos outros amigos da Mariana e do Caio,sofreu com o calor excessivo da cidade,constatou a chuva sem tréguas do final de semana,experimentou novos sabores,confraternizou com os bichos de estimação de nossa casa.Riu e chorou.
No domingo,à noite antes que ele embarcasse rumo ao Rio de Janeiro onde ficará por mais quinze dias na casa de um outro amigo comum,ele nos entregou alguns presentes.Foi uma ação rápida, nada além de cinco minutos antes que seguisse para a rodoviária,de modo que não houve tempo suficiente de perguntar detalhes sobre o significado de cada um.
Seguiu sua jornada nosso hóspede e  ficamos um tanto órfãos em casa.Quando construímos relações afetivas nossos corações caem em um enredamento de posse e cuidados.Sentimos um certo dó de vê-lo ir sem saber se a vida ainda trará nova chance de reencontro.
Oferecemos nossa casa, partilhamos nossa comida e alegrias e foi bom.Mas pelo que pude observar a respeito desse jovem é que ele nunca mais será o mesmo após essa viagem.Embora sejamos todos latinos,o choque de cultura lhe construirá janelas indeléveis na alma.




Esta caixinha é feita de uma madeira perfumada.É fantástico o aroma que ela emana.

5 comentários:

  1. É, Olga! Ele certamente não será o mesmo... não somente pelo choque cultural, mas também pelas pessoas que conhece e experiências que vive. Que bom que ele pode vir, estou torcendo para que passe por Ribs depois do Rio!
    Beijão

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  2. Nossa Olga, deve ser muito interessante essa " TROCA CULTURAL "
    Beijos
    Paulinha

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  3. Sem dúvida nenhuma,as experiências por ele vividas aqui e lá com seu irmão o farão enxergar o mundo com maior amplitude.Ele é muito "menino" e talvez por eu ser a "mãe" não me foi possível captar muito de suas percepções.Com certeza na convivência com os amigos (e com a Mari foi assim)ele pode se expressar mais abertamente.

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  4. Não era um loiro de olhos azuis né Olguinha, estava mais para Diego Armando Maradona. Gente boníssima, foi o que eu e o Ramon achamos nos 30 minutos que passamos com ele. E o mexicano também não era muito bom na sinuca não em.. Acabamos com ele. hahaha Poderia voltar mais vezes.

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  5. Gabi,
    Ele fez questão de voltar aqui em casa antes de voltar para o México.Hj o levamos para o aeroporto,ele estava bem bronzeado,pois passou uns dias na Bahia junto com o Dudu e namorada.
    Foi uma visita interessante sim!
    Beijo , linda

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