
Acabei de ver uma reportagem a respeito de três professoras que foram consideradas inaptas a exercerem a função para a qual prestaram concurso no estado de São Paulo.
Anteontem, em uma conversa (como sempre produtiva e agradável) com Ronaldo (meu ex-professor de kungfu ,amigo, mestre, terapeuta de medicina oriental),falávamos sobre saúde e o propósito das artes marciais como instrumento para sua obtenção e manutenção.Falávamos também sobre os excessos cometidos pelos instrutores de academia que costumam orientar,sem escrúpulos,os alunos a consumirem anabolizantes e outros produtos para aumentar a massa muscular.
Curiosamente,a instrutora de musculação da academia do Ronaldo é uma moça bem cheinha,coisa inédita para mim e talvez até para você.Ele me disse estar muito satisfeito com a nova instrutora,pois ela demonstra muita competência e o fato de ela fugir ao padrão estético que predomina no segmento não a desabona como profissional.
No embalo da conversa, ele que trabalha há anos com artes marciais e com diferentes tipos de pessoas, foi categórico ao dizer que tem observado que o preconceito com relação a obesidade supera a questão étnica, a mais alardeada.
Insistiu em afirmar que nem todos os casos de obesidade estão relacionados apenas ao sedentarismo e à gula.
Como se diz: Há casos e casos.
Voltando à história das professoras,não há como não me solidarizar com elas.Eu mesma sou/estou gordinha e não me sinto inapta como profissional.(Quem me conhece pode corroborar o que digo).
Sonhar?Quem não sonha com uma bela silhueta? Até as mais magras brigam por isso.Acho que a questão está aí:eu cansei de brigar com uma natureza teimosa.Escolhi ser feliz e parar de me comparar com um modelo que não me é possível ser nessa vida.
Desde que minha felicidade me possibilite manter a saúde,por que não?
Fico na torcida pelas colegas gordinhas, especialmente por uma que vinda de uma origem pobre , estudou na USP e deseja se efetivar como funcionária pública justamente para trabalhar com alunos de sua região.Nobre!
Realmente eu nunca vi uma professora de academia mais cheinha, mas acho que adoraria ter uma, me sentiria mais confortavel e menos julgada.
ResponderExcluirNão sou muito de academia justamente por achar que tem mais gnt preocupada com a estética do que com a saude, e parece que estão sempre te medindo. Talvez com uma professora assim o ambiente se tornaria mais leve.
Bruna,
ResponderExcluirEu tive essa mesma sensação.
Olga,
ResponderExcluirTambém vi a reportagem e achei um absurdo. Mas isso é resultado de uma sociedade que tem como ícones de beleza modelos magérrimas.
Essas professoras deveriam cobrar seus direitos na justiça, pois isso não deixa de ser precoceito.
abração
Ivana