sábado, 7 de setembro de 2013

Dor de agora

Dor de agora
                                               Olga Martins

Ai , quem me dera o tempo todo branco
Arrastasse a franja do esquecimento
Feixe de estrias em ajuntamento
Varrendo toda a dor do esquerdo flanco

Fluxo de contínuo gotejamento
Areia  rubra de uma ampulheta
Minha polpa de amargo pensamento
Que na tortura torpe se deleita

Quem dera os líquidos globos secassem
Então sementes de aurora guardadas
Sem vento , sem medo, sem dó ficassem

Por frequentes ondas repetitivas
Pulsar do peito  por elas molhadas

De toda pena minha alma lavassem....

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