quinta-feira, 10 de abril de 2014

Eu sou minha

Agora, nesse momento eu sou só minha e pertenço somente aos voos todos que a asa de uma joaninha resolver desenhar.Não será o tempo dos fusos-horários nem das máquinas de ponto, tampouco da escala de trens do metrô de São Paulo.Nesse momento em que sou toda minha e de mais ninguém, não arrasto pensamentos, apenas ensaio uma taça de um dramático vinho argentino, escuto Strokes e deixo as palavras brincarem de serem o que quiserem. E você aí que me lê, seja todo seu também nesses minutos perdidos. Não pense, flua sorrateiramente no tremor do lábio que aspira e sorva a soma das palavras que se entrecruzam por aqui.Esteja aqui , em Nova Iorque , na vila Carioca e, Itaquera, sob o sol de Cancún , nas areias do Cairo e em todos os lugares. E o caminho continua com seus fardos absurdos por simplesmente estar vivo.Dissolva-se e torne a ser, mas não sofra com o impacto , que este é inevitável. Viver dói.

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