terça-feira, 13 de julho de 2010

A medida da maldade não tem medida

Pois é!
Depois de falar sobre Festa Junina, já havia engatilhado um texto sobre a Copa do Mundo, mais precisamente sobre a de 1982.
A verdade é que nesse meio tempo, andei aborrecida demais.Talvez por estar ficando mais velha, a fragilidade da vida se comporta de modo alvoroçado e eu a percebo com mais nitidez e temor.
No dia 6 de junho, um dos meus irmãos foi terrivelmente agredido por bandidos.Era domingo e ele voltava de sua loja que fica na Vila Maria , quando por volta das 19h00 foi abordado no cruzamento das Juntas Provisórias com a  Rua Dois de Julho.Era para ser um sequestro relâmpago, mas de alguma forma frustrado se transformou em violência, digo, muita violência gratuita,apenas porque meu irmão disse ser trabalhador e não ter ali com ele nenhum cartão bancário.
                                                   _Que é isso, playboy!?
E antes que pudesse se dar conta, recebeu uma coronhada que lhe tirou a consciência.Daí para frente foi uma sequência brutal de pontapés que visavam sobretudo seu rosto.Levaram a aliança e uns trocados no bolso frontal da calça.Não levaram o carro, nem os pertences que estavam dentro dele.
Sem a menor noção do tempo que ali ficou, despertou e lhe ofereceram socorro.Recebeu um pano que colocou sobre o olho esquerdo que sangrava terrivelmente, mas por um instante de rápido raciocínio ou pânico ainda maior, recusou o auxílio.O hospital mais próximo era o Heliópolis,no centro da uma das maiores favelas de São Paulo.Preferiu dirigir como desse para casa.Arrastou-se , entrou no carro e de modo precário seguiu em direção à Pauliceia,bairro de São Bernardo do Campo.Chegou em casa às 21h30 e foi socorrido.
Quase perdeu o olho,tem quatro ossos fraturados na face, levou cinco pontos na sobrancelha esquerda.
O playboy é um trabalhador de 51 anos.
Terrível também foi saber através do médico que o socorreu que esse tipo de agressão é muito comum.Tem sido padrão tentar destruir o rosto da vítima com pontapés raivosos, desfigurar-lhe.
A medida da maldade não tem medida.Não creio que se trate apenas de injustiça social fazendo proliferar pelos cantos do país crias da falta de recursos.É mais, muito mais.E um tempero extra complementando : as drogas.E agora, José?


Nenhum comentário:

Postar um comentário