sexta-feira, 22 de abril de 2011

Belo Horizonte e arredores (parte II - o imperador Adriano)

Às vésperas do lançamento de mais um livro,a energia de Drico não poderia estar melhor,mas ao mesmo tempo que parece ser fácil falar sobre ele, tal qual o livro de areia que protagozina um de seus livros,torna-se imensamente difícil falar sobre ele.
A verdade é que meu coração é capaz de ler todas as suas histórias e compreendê-lo de maneira imediata. O problema é que as palavras se misturam com os sopros da vida, com os ventos dos sentimentos e o que se fala é nova duna, atrás de outra.
Para se falar de Adriano é preciso compreender que nunca se poderá falar de Adriano,no máximo poder-se-á falar dos encantos de Adriano.
Antes de seu talento de escritor-poeta-professor, enxergo o menino que precisava dormir todas as tardes,que fazia longas caminhadas,que adorava jogar basquete, handball e que só sabia nadar de costas igualzinho ao personagem Jerry da dupla Tom e Jerry.Eita menino cheio de imaginação!Com ele eu podia brincar que as bolhinhas de ar de dentro da piscina eram o que mesmo, Drico?? Acho que qualquer coisa menos bolhinhas de ar...
E ,se quando eu era criança, achava que a poeira que bailava nos feixes de luz da janela do quarto eram fadas,com meu amigo eu podia imaginar mais.
Fazia muito tempo que a gente não se via, não se tocava.Nossa comunicação ficou restrita aos e-mails e aos telefonemas.Nada mais cruel para quem ama.
Há muito anos,ele me entregou uma folha com um poema do Gonçalves Dias:


Seus OlhosSeus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
Estrelas incertas, que as águas dormentes
Do mar vão ferir;
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Têm meiga expressão,
Mais doce que a brisa, - mais doce que o nauta
De noite cantando, - mais doce que a frauta
Quebrando a solidão,
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
São meigos infantes, gentis, engraçados
Brincando a sorrir.
São meigos infantes, brincando, saltando
Em jogo infantil,(...)

Puxa! Eu adorava o tal poema e ele ali, inteirinho escrito pelas mãos do meu amigo Adriano.Ele que compreendia bem a minha alma inquieta e alvoroçada pela poesia.Ele que também de origem humilde saltou para a vida como os peixes do Rio Piracicaba.
Participamos os três:Eu ,Bernardo e Adriano de momentos marcantes das vidas uns dos outros como se do livro da vida ouvíssemos : " Não sei! Só sei que foi assim..."


No domingo pela manhã,resolvemos visitar Inhotim.Honestamente eu não tinha a menor ideia do que esperar,mas lá fomos nós.Abaixo postei algumas das fotos que tiramos lá.








Tamboril, a maior árvore de Inhotim
À beira de um dos lagos...um doce pelos pensamentos deles.
Essas plantas são tão cheias de possibilidades imaginativas.... Isso não parece um jardim
de polvos ?


As caminhas são compensadas pelo paisagismo.


Adorei essa galeria... Abre-te, Césamo!

É duro não saber onde as coisas começam ou terminam.Se é que começam ou terminam.

Essa galeria realmente impressiona.
Élio posando no banquinho feito de um tronco.


Um comentário:

  1. Realmente maravilhoso!!!!!!! Como gosto desse Estado!!!!!! Que saudade!!!!!
    Thaís D.

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